ROTEIRO DE " LEONARD, UMA HIST�RIA DE AMOR"

Enquanto a plat�ia chega � ambienta��o do t�nel teremos pessoas vestidas em tons escuros, inclusive os que estiverem vendendo os ingressos.

  1. ( ilumina��o difusa, feita por lanternas, velas e refletores em azul e lil�s.)
  2. ( sonopl�stia desde a bilheteria at� � entrada da gruta como um filme de suspense. � partir da entrada na gruta o som de suspense mesclado ao som de um violino rom�ntico ambientar� o espa�o)
  3. ( efeitos de fuma�a tamb�m desde a bilheteria at� a entrada da gruta: e , tamb�m no palco.)

A ilumina��o do espa�o interno da gruta ( teatro) tamb�m tem por base os azuis e lilases e roxos e ser� mais voltada � plat�ia que ao palco at� que o espet�culo tenha in�cio. Ao iniciar-se a m�sica tema tocada em flauta e/ou violino a luz vai caindo tanto na plat�ia quanto no palco . ( n�o teremos sinais) no meio da m�sica tema, "Leonard" levanta-se lentamente e come�a a acender as velas de sua cadeira uma a uma, ao final senta-se e olha lentamente a plat�ia de um lado � outro at� fixar seu rosto em uma dire��o ( conta 10") ( m�sica cai pra BG)

Leonard - As horas sempre custam tanto a passar.(pausa) As madrugadas s�o infinitas .(pausa) Como estar� a lua hoje? (pausa) Como estou eu? ... ( levanta e caminha lento at� o lado direito do palco onde encontra-se um grande espelho) ( se poss�vel ser� segu7ido por canh�o ou ser� aberto um corredor de luz at� o espelho) ( olha-se no espelho, muito) Quem sou eu?... (pausa curta) Quem � voc� no espelho? ... ( pausa curta) Quem � Leonard? ...( grita)

( abre foco fechado em Petrus)

Petrus - ( Olhando sempre para um mesmo ponto e fazendo sempre o mesmo gesto) Um homem solit�rio, solit�rio quer dizer sozinho; silencioso, calado, muito queto, quietinho; amargo, que nem gil�; esconde seus sonhos atr�s da m�scara. Da macara que ele usa. os meus sonhos t�o dentro da minha cabe�a, l� bem dentro, dentr�o... os dele est�o escondidos atr�s da m�scara. Tanta gente tem sonhos... tanta gente tem m�scara... ele s� usa, usa a m�scara para esconder os sonhos... sonhos... sonhos...

Leonard - (em tom alto ) Disse alguma coisa Petrus? ( Petrus n�o responde , continua sempre com olhar e gestos firmes e fixos)

Leonard - Pensei que dormias . ( olhando em dire��o a Petrus.)

Virna - Quem dorme com tua agonia? ( do outro lado do palco). Quem � capaz de n�o acompanhar os teus passos? tuas angustias...

Luz morre em Petrus

Leonard - Tamb�m me ouves Virna? ( caminha lentamente at� ela) Perd�o se te acordei.

                       Virna - Vem at� aqui, divida comigo o peso destas horas que o tempo torna sempre intermin�vel.

(Virna gesticula com uma das m�os com se o chamasse para aproximar-se dela. Leonardo chega e para a seu lado. Ela pega sua m�o , faz com que ele sente e depois deite em seu .)

 

Leonard - Perd�o se te acordei Virna. Sinto-me fraco, como se estivesse ferido.

 

Virna - As maiores feridas s�o as do cora��o e da alma.

(fala enquanto acaricia seus cabelos)

 

 

 

 

Leonard - Minha alma est� cansada Virna . Olho a janela e n�o vejo futuro nenhum. (pausa). N�o sei quantas madrugadas sobrevivo mais, sem Ellen.(Levanta-se). O meu amor por ela � tanto que tenho medo de n�o ter for�as para...

Virna - Os fortes de esp�rito sempre vencem.(levanta-se tamb�m). As conquistas e vit�rias precisam ser planejadas.

 

Leonard - Preciso dela como do oxig�nio. (pausa) Preciso sentir seu

cheiro. (pausa) N�o suporto mais n�o poder toc�-la. Nem ao menos dizer-lhe o que sinto.

Virna - E porque n�o? deixe que o cora��o conduza suas a��es. V�... � seu destino.

 

Petrus - Alguma coisa me diz que as coisas v�o mudar por aqui.

(gesto cont�nuo) Eu vi... eu sabia... ningu�m me disse... mais eu vi... eu sabia... ningu�m disse... mais eu sabia... eu vi... eu sabia... eu n�o disse pr� ningu�m... mais eu sabia... eu vi... eu vi mesmo... eu vi... (gesto cont�nuo enquanto houver luz).

 

Leonard - Vou busc�-la

 

 

Virna - (sem luz, acende uma vela e ilumina seu pr�prio rosto) Os

fortes de esp�rito sempre vencem.

 

 

Leonard - (levantando-se) Vou traz�-la para c� (amea�a sair

chegando at� a boca de cena) vou roub�-la para mim, Virna. (saindo correndo pelo corredor e sumindo no final da plat�ia)

 

Virna - Quem de n�s pode deter um amor verdadeiro. (apaga a vela)

 

(Enquanto isto a m�e de Leonard entra em cena no palco, mudan�a de luz)

 

 

M�e - James...

 

 

James - Sim, madame

 

 

M�e - J� n�o lhe dei ordem para apagar todas as velas a noite.

 

 

James - Sim, madame

 

 

M�e - Apagastes as velas meu caro james.

 

 

James - Sim, madame. Ap�s todos irem dormir.

 

 

M�e - Ent�o elas se acenderam sozinhas novamente.

 

 

James - imposs�vel madame

 

 

M�e - Ent�o me explique como elas est�o acesas novamente?

 

 

James - N�o, sei dizer madame. Mas...

 

 

M�e - Mas... o qu�?

 

James - O menino Leonard andou pela casa durante toda a noite, Madame.

M�e - Ele anda cada vez mais atormentado n�o � mesmo?

 

 

James - Tamb�m acho Madame. Mas...

 

 

M�e - Mas o qu� james? continue...

 

James - A senhora Virna conversava com ele. Pude ouvir suas vozes.

 

M�e - Menos mal, ele gosta muito de aconselhar-se com Virna.

 

 

James - Sim, madame.

 

 

M�e - Passou pelos aposentos de meu filho essa manha?

 

 

James - N�o, madame

 

 

 

M�e - Espero que esteja dormindo tranquilo agora.

 

 

James - Quer que v� v�-lo Madame?

 

 

M�e - Obrigado james, prefiro que apague as velas agora.

 

 

James - Claro, Madame?

 

 

M�e - Virna j� levantou-se?

 

 

James - Logo cedo, Madame.

 

 

M�e - Preciso estar com ela para saber de Leonard.

 

 

James - Ela est� l� fora, quer que a chame, Madame?

 

M�e - N�o a incomodarei. O ritual da manh� � uma das coisas que mais temos de respeitar em Virna.

James - A concentra��o ao nascer do sol traz bons fluidos para todo o dia, certo Madame?

(M�e continua de um lado para outro, enquanto ouve-se o tic tac de um rel�gio de parede. O som das baladas do rel�gio (7 vezes) deve ecoar.)

 

 

M�e - Sete horas da manh�, n�o sei porque acordei t�o tarde.

 

 

James - Precisou de mais sono para repor suas energias, Madame.

 

 

M�e - (assustada) Ouves vozes, James?

 

 

James - Sim Madame. Alto e claro.

 

(Gritos mais claros)

 

(entram no fundo, Leonard, arrastando Ellen)

 

 

Ellen - Me largue... me solte... socorro... socorro... algu�m me ajude

(Leonard tapa sua boca e arrasta-a at� o palco)

 

 

Leonard - Calma (carrega-a pelo palco at� coloc�-la sentada em sua

cadeira favorita) (o mordomo permanece inerte, alheio aos acontecimentos) (a m�e estupefata, est�tica como uma est�tua)

 

Ellen - Voc� vai pagar muito caro pelo que est� fazendo!

 

 

Leonard - Nada � t�o cruel, quanto viver sem ver o brilho dos seus

olhos. (aproximando-se lentamente dela).

 

 

Ellen - Do que voc� est� falando?

 

 

M�e - O que est� acontecendo aqui Leonard?

 

 

Leonard - Afaste-se minha m�e

 

 

M�e - Meu filho, que fazes com essa mo�a?

 

 

Leonard - v� ao seu quarto minha m�e, vou ter com voc� em

instantes e lhe explicarei tudo. V�...

 

 

M�e - Meu filho isto n�o � correto.

 

 

Leonard - (para o mordomo) Por favor me deixem s�. Este assunto �

meu!

 

 

M�e - Leonard! ou�a sua m�e.

 

 

Leonard - Por favor!!!

 

(Saem, ficando s� Leonard e Ellen)

 

 

Ellen - Escute aqui seu monstro... (Leonard tapa a boca de Ellen)

 

 

Leonard - Quero dizer que te amo.

 

 

Ellen - Voc� est� louco!

 

 

Leonard - N�o ser� o amor a �nica loucura permitida socialmente ?!?!

 

 

Ellen - Voc� �... (ele amorda�a-a antes que ela complete a frase) (ela

se debate)

 

Leonard -Voc� � a �nica luz que brilha em minha vida.

(M�sica tema em flauta. Ele alisa carinhosamente os cabelos dela. Ela come�a resistindo e lentamente vai cedendo � car�cia. Bolinhas de sab�o come�am a surgir das laterais sobre eles.).

 

 

Leonard - James!

 

 

James - Sim, Mestre

 

 

Leonard - Leve-a, coloque-a no melhor de todos os aposentos da

casa. Deixe-a amarrada e amorda�ada, entendeu?!?!

 

 

James - Sim, Mestre (sai levando a cantora)

 

(Leonard fica em cena. M�sica tema tocando lentamente. Luz vai baixando em resist�ncia. Som de rel�gio. Luz morre em Leonard e abre em James est�tico num canto. Entra a M�e).

 

 

M�e - Sabe de meu filho, James?

 

 

James - Sim, madame

 

 

M�e - Est� como sempre olhando aquela mo�a?

 

 

James - Sim, madame

 

 

M�e - Voc� acha que esta hist�ria pode acabar bem?!

 

 

James - N�o sei dizer, madame

 

 

M�e - H� semanas que esta mo�a est� aqui, meu filho n�o faz outra

coisa a n�o ser agrad�-la o tempo todo. Ele pensa que assim

vai conquist�-la. Voc� acha poss�vel, James?

 

 

James - N�o, madame

 

 

M�e - Coitado de meu filho... Foi uma crian�a t�o feliz. Um

adolescente com tantas portas abertas... Podia ser tudo o que

quisesse (pausa) Se n�o fosse o acidente n�o viveria como

tem vivido, n�o acha James?

 

 

James - Sim, madame

 

 

M�e - Mas o que estou fazendo eu, conversando coisas de fam�lia

com voc�. Deculpe se te aborre�o, meu caro james

 

 

James - Pode sempre contar comigo, Madame.

 

M�e - Obrigado James, � muito bom t�-lo aqui. Agora vou ver Leonard.

(Transi��o de luz. Passagem dos dias, sonoplastia. Leonard entra)

 

(Entra "Leonard" com algumas flores nas m�os e come�a a trabalh�-las em forma de "bouquet")

 

 

M�e - Ando preocupada com voc� meu filho.

 

 

Leonard - Nunca estive t�o bem!

 

 

M�e - Desculpe me intrometer em sua intimidade, mas, fa�o isto, em

nome de tantos segredos que dividimos filho.

 

Leonard - Continue minha m�e.

 

 

M�e - Suas atitudes em rela��o a sua amada n�o t�m sido corretas.

 

(Virna entra...Leonard para e passa a olhar fixamente para Virna) (Ellen aproxima-se sem ser vista e fica a escutar o assunto).

 

 

Leonard - O que mais um homem como eu, pode fazer, para ter junto

a si a mulher amada, diga m�e?

 

 

Virna - Mant�-la presa fisicamente n�o significa que ter� o seu

cora��o.

 

 

M�e - Quem sabe ele te ouve, querida Virna?

 

 

Leonard - Ela n�o est� mais amarrada, nem amorda�ada. Est� livre!

 

M�e - Presa aqui, ela est� livre meu filho? Pense... e diga... acredita que ela est� livre?

 

Leonard - N�o posso viver sem ela...

 

 

Virna - Se a ama de fato, permita que ela possa saborear as belezas

do mundo.

 

 

M�e - Ou�a as sabias palavras de Virna.

 

 

Leonard - E em mim, voc� n�o pensa?

 

 

M�e - Muito... por isso estamos conversando. Fique agora com Virna. Tenho afazeres, volto em seguida.

 

Virna -Seu sofrimento, desde o acidente, n�o � desculpa para provocar sofrimento em outros, principalmente em quem ama tanto, e, h� tanto tempo.

 

Leonard - N�o deixas de ter raz�o.

 

 

Petrus - Os homens �ntegros esquecem um poucos sua dor e

raciocinam.

 

 

Leonard - Disse alguma coisa, Petrus?

 

 

Virna - (caminhando at� Petrus) Pede para que voc� raciocine,

menino.

 

 

Petrus - A maior de todas as alegrias � estar vivo... vivo... muito vivo.

 

 

Leonard - E n�o estou?

 

Virna - Ele diz para que n�o tenhas piedade de si pr�prio. Mesmo que tenhas o maior de todos os sofrimentos... lute...lute como um homem.

(Petrus agita-se)

 

 

Petrus - Luta.. Eu vi.. Eu vi a luta.. a luta.. eu vi.. (prende a cabe�a

com as m�os) a luta ( vai voltando a ficar em um �nico

movimento e repetindo "a luta")

 

 

Leonard - As palavras de Petrus s�o sempre t�o confusas, Virna. Me

angustiam.

 

 

Virna - Busque em voc� o porque de tudo. As palavras de Petrus, as

minhas, seus sentimentos, suas a��es, suas angustias. Junte tudo e tenho certeza de sua decis�o ser� a de um homem de alma divina e princ�pios humanos.

 

 

Leonard - Vou tentar.

 

 

Petrus - Alguma coisa me diz que ele consegue... ele... ele... ele...

luta... (novamente prende a cabe�a com as m�os)

 

 

Virna - Todos t�m suas dores, menino. A sua, n�o � maior e nem

menor do que ningu�m. Ela � apenas sua, doe apenas em

voc�, e, s� por isso parece maior. Aprenda a conviver com

suas dores, isto, o far� melhor e menos amargo. Venha Petrus.

(Leonard fica s�, pensando.. Ellen entra em cena e encontra Leonard)

 

 

Ellen - Queria mesmo falar contigo

 

 

Leonard - Se vai pedir para que eu a liberte n�o precisa. ( Ela tampa

sua boca num gesto delicado)

 

 

Ellen - Respeito seus sentimentos, mas...

 

 

Leonard - Ningu�m espera que a lua se apaixone por um gr�o de

areia. (levantando-se)

Ellen - Amei uma �nica vez na vida... Ele sumiu... Ainda �ramos muito jovens quando...

(Barulho... gritos... fora fora do teatro sons confusos como se o espa�o estivesse sendo invadido.) ( Ellen p�ra para ouvir)

 

 

Leonard - Continue...

 

 

Ellen- O que est� acontecendo l� fora?

 

 

Leonard - Fique... vou ver.

 

( O som aumenta e surge no fundo do teatro, Igor, gritando)

 

 

Igor - Ellen... Ellen... Voc� est� aqui, eu sei!

 

(Ellen levanta-se num pulo)

 

 

Ellen - Igor pare

 

(Leonard corre e pega sua espada, Igor tamb�m pega a sua)

 

 

Igor - Solte esta jovem em nome do Rei...

 

 

Ellen - Pare Igor...

 

 

Leonard - Venha rapaz, lute por ela.

 

(A luta come�a enquanto Ellen tenta a todo instante interferir aproximando-se, mas acaba sendo afastada por Leonard)

 

 

Leonard - (Lutando) Afaste-se, vamos

 

(Igor e Leonard balbuciam v�rias palavras e frases enquanto lutam, at� que em determinado momento Leonard consegue retirar (jogar longe) a espada de Igor que corre para peg�-la e cai, Leonard aproxima-se e coloca a espada em seu pesco�o como se fosse mat�-lo...) (Ellen desespera-se)

 

 

Leonard - Podia mat�-lo agora

 

Igor - Mate-me

 

Petrus - A dor da derrota � maior. (vibrando de longe) Deixa... Deixa viver!

 

Igor - (gritando) Mate-me

 

 

Virna - Pense rapaz (alto... de longe)

 

 

Leonard - Levanta-se... (sempre apontando sua espada) V� embora

rapaz, v� viver sua vida.

 

 

Igor - Venha comigo Ellen.

 

(Ellen faz com a cabe�a que n�o)

 

 

Igor - Venha Ellen... Venha.

 

 

Petrus - A luta... a luta... eu vi... grande luta

 

 

Leonard - V� rapaz... siga tua vida

 

(Igor sai carregado por figuras de negro)

 

(Leonard volta caminhando at� Ellen lentamente)

 

(Ela senta-se na cadeira dele)

 

 

Leonard - Voc� dizia...

 

 

Ellen - Nem sei mais o que dizia.

 

 

Leonard - Do menino que amavas...

 

 

Ellen - Me preocupo com Igor, ... para onde o levaram?

 

 

Leonard - Apenas para fora. De l�, ir� para onde quiser. Ainda ama o

rapaz de sua inf�ncia?

 

 

Ellen - Nunca deixei de am�-lo, mas, para que pudesse sobreviver

at� hoje tive que fantasiar sua volta. Mas, porque queres saber tanto dele?

 

Leonard - N�o desista de esper�-lo... A lembran�a dos dias que tinha

seu carinho, deram-lhe for�a para lutar pela vida.

 

 

Ellen - Assim espero. Voc� disse que me deixaria ir.

 

 

Leonard - Se quiseres...

 

 

Ellen - Tenho que ir.

 

 

Leonard - Porque?

 

 

Ellen - Tantas coisas..., mas, n�o se preocupe seus segredos ser�o

meus. Voltarei de tempos em tempos. ( num gesto de carinho)

Voc� � gentil sincero e...

 

 

Leonard - Daria minha vida por ti.

 

 

Ellen - Queria tanto poder re... (ele tampa seus l�bios)

 

 

Leonard - N�o diga nada... v�... seja feliz...e, que Deus te acompanhe

 

(Ela olha para ele, segura suas m�os os est�o se afastando lentamente)

 

 

Ellen - Obrigado Leonard

 

( A separa��o das m�os � t�o lenta quanto TV em "slow motion") (Ela vai se afastando pelo corredor sempre com a m�sica tema tocando)

(Leonard vira o rosto) (H� tristeza no olhar dos dois) (Quando ela come�a a sumir...)

 

 

Leonard - Adeus... "Anjo Azul"

(M�sica p�ra/ Ellen p�ra abruptamente)

 

 

Ellen - O que disseste Leonard?

 

(Caminhando lentamente de volta)

 

 

Leonard - Disse adeus "Meu Anjo Azul"

 

 

Ellen - Como sabes que ele me chamava assim?

 

 

Leonard - N�o sei

 

(Ellen vai retornando rapidamente do palco)

 

 

Ellen - Porque escondes teu rosto, Leonard?

 

 

Leonard - Um acidente

 

 

Ellen - H� muito tempo?

 

 

Leonard - Muito...muito tempo

 

 

Ellen - Sempre viveste aqui?

 

 

Leonard - N�o... at� o acidente vivi os dias mais felizes de minha vida

 

 

Ellen - Onde?

 

(Leonard cala-se e vira o rosto. Ela vira o rosto dele para ela)

 

 

Ellen - Onde? Diga onde, por favor?

 

 

Leonard - Em Cadis

 

 

Ellen - Tinhas este mesmo nome?

 

 

Leonard - Sim... Minha fam�lia sempre chamou-me assim.

 

 

Ellen - (decepcionada) Ah! Sim

 

 

Leonard - Mas...

 

 

Ellen - Diga

 

 

Leonard - Sou Anthony... Anthony Joseph Leonard

 

 

Ellen - �s tu... anthony... o meu Anthony...

 

 

Leonard - Sim "Anjo"

 

Ellen - O Anthony por quem espereir por toda a minha vida. (pausa longa) Por que fugiste?

Leonard - N�o fug�. O acidente fez com que me afastassem da cidade por mais de um ano. (pausa). Quando voltei n�o estavas mais.

 

Ellen - E porque n�o me procuraste?

 

 

Leonard - Procurei. Muito... por muito tempo, e quando te encontrei... perdi a coragem de me revelar, por isso, venho sofrendo cada dia da minha vida.

 

 

Ellen - N�o precisa sofrer mais. (tira a m�scara). Eu te amo.

 

(Ellen vai retirando sua m�scara enquanto Leonard fica est�tico... m�sica tema inicia em B6)

 

(Ellen acaricia seu rosto/// aproxima-se de uma vela, acende e traz pr�ximo para poder abserv�-lo melhor. O acaricia, mas Leonard continua parado. M�sica vai subindo. Ela continua acariciando seu rosto como se n�o acreditasse)

 

 

Voz de Virna - Os fortes de esp�rito sempre vencem.

Eles caminham at� a cadeira, acendem todas as velas do candelabro, sentam-se juntos na cadeira, olhando um para o outro, iluminados apenas pela contra - luz das velas e v�o aproximando o rosto como se fossem beijar-se quando estiverem bem pr�ximos a m�sica tema sobe ao m�ximo e as velas apagam-se

FIM

 

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